quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MAURO MATA CACHORRO-SHIMIZU.

No almoxarifado, nós éramos bem unidos, não aceitávamos que fizessem alguma sacanagem conosco. Bem, este tal de Mauro, tinha o apelido de MATA CACHORRO, pois onde ele morava tinha fama de matar os cachorros que por um acaso o incomodasse, morava lá depois da poça, lá perto de Pendotiba e naquela época o transporte era muito ruim, até hoje é uma merda.
Ele era o comprador da empresa e todos os fornecedores na época do Natal, mandavam brindes, presentes para o pessoal da empresa, tanto setor de compras como também para o almoxarifado, que era de onde saiam os pedidos para serem comprados. Ele era um pouco arrogante, pedante, e a maioria dos funcionários não gostava dele. Na obra nós fazíamos uma parte de construção civil, que pega também hidráulica, elétrica e comprávamos muitas madeiras e os caminhoneiros, principalmente os que traziam madeiras vinham do Sul, e na boleia traziam sempre uns garrafões de vinho que eram entregues ao MATA CACHORRO para serem distribuídos pelo pessoal da obra. Começavam a chegar no final de Agosto e assim, todo mundo pensava, que no Natal cada um de nós, teríamos pelo menos dois garrafões de vinho.
Porém mais tarde descobrimos que o puto do Mauro, estava levando o vinho para sua casa e perto do Natal, só havia dois garrafões.
O Moura que era o chefe do almoxarifado achou muita sacanagem o que ele fez conosco e resolveu fazer uma sacanagem com ele também. Esperamos ele ir embora e entramos na sala dele, apanhamos os dois garrafões de vinho, aliais, um vinho muito bom e o Moura com muito cuidado rompeu o lacre, tirou mais da metade do líquido e completou com água, só que não foi uma água normal, pegamos água da privada, completamos o volume normal  do garrafão, o Moura refez o lacre, e olha que ficou perfeito parecia que nunca tinha sido mexido.
No dia seguinte o MATA CACHORRO, levou os dois garrafões de vinho para casa, lá em Pendotiba, depois da poça, saiu do Caju, de ônibus, foi até a Praça Quinze, pegou uma barca, lá em Niterói pegou mais um outro ônibus para casa, o maior sufoco, pois eram dos garrafões de cinco litros cada. Quando voltamos ao trabalho, logo após o Natal, a confusão já estava formada, teve até queixa na segurança do Estaleiro da Ishibras, os seguranças ficavam fazendo perguntas, mas nada foi descoberto, e o MATA CACHORRO, ficou com aquele gosto de vinho com água de privada na boca por muito tempo. A obra ainda durou pelo menos uns dezoito meses e nunca mais o cara falou com a gente.. Almoxarifado unido jamais será vencido, este era o nosso lema.
Wilton-11:14H-19/01/2016..


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