1º de Maio – Dia do Trabalhador
Dia do trabalhador ou escravo?
Neste 1º de Maio não temos o que comemorar, pois cada vez mais o trabalhador, que é a força que leva o país adiante, é impressionantemente aviltado em seus direitos.
A legislação vigente (CLT) e as outras leis que foram criadas para junto com a CLT dar proteção aos nossos trabalhadores, estão sendo literalmente rasgadas.
No tempo do meu avô, que desencarnou em 1954, os trabalhadores não tinham direitos, só obrigações. Meu avô trabalhava na Light, que era uma empresa canadense. Ele trabalhava nos subterrâneos, e tinha uma carga horária de 17 horas por dia, sem receber horas extras, trabalhava doente, com febre alta e se faltasse, ou chegasse atrasado, era descontado ou demitido, e não podia reclamar.
Pois bem, o presidente Getúlio Vargas criou a CLT e assim amparou a todos os trabalhadores, que posso dizer, viviam em regime de quase uma escravidão.
Hoje, em 1º de maio de 2017, com a desculpa de modernizar, estão tentando sepultar a nossa CLT, e os argumentos são os mais diversos, porém alguns são tão esdrúxulos, que beiram um cinismo ridículo.
O presidente da câmara chegou a dizer que a justiça do trabalho atrasa o crescimento do Brasil e que por ano 4 milhões de novas ações dão entrada nos tribunais.
Só esqueceu-se de falar que só existe a justiça trabalhista por que existem os patrões ruins, aqueles que querem subtrair dos seus empregados os direitos, tirando vantagem ilícita, como também existem os trabalhadores ruins, quer dizer, a justiça atende a ambas as partes e corrige as aberrações.
Com a proteção das leis, mesmo assim, tomamos conhecimento de trabalho escravo em pleno século XXI. Em todos os lugares, principalmente em fazendas e locais onde é mais difícil a fiscalização chegar.
Por isso e por outras violações que os nossos trabalhadores sofrem é que não existe clima para comemorações. É lamentável, mas é a pura verdade. Vão rasgar os direitos dos trabalhadores e em seguida será a vez de usurpar os aposentados, pensionistas e por ai vai...
Dia do trabalhador, pois sim!!!
Wilton
30/04/2017 às 21h35min
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