quinta-feira, 23 de julho de 2020

A verdade sobre a amada


Nesta minha vida atribulada, conheci a verdade
Encontrei você, uma flor que nasceu no meu jardim
Flor adorada, perfumada que amarei pela eternidade
Ao te encontrar, pura, meu sofrimento teve fim 

Minha vida, em toda ela, não tive sorte
Os sonhos, fraca fumaça, foram se dissipando
O que resta de fato, é a proximidade da hora da morte
Por isso o tempo passa, e passo o tempo chorando 

A amada se aproxima de mim, o corpo fica em festa
Os olhos brilham, mesmo sem visão, a voz embarga, o corpo transpira
 É amor puro, sei, o meu coração atesta
 Sua beleza, voz, cheiro, os meus versos  inspira

Mesmo não havendo reciprocidade, é dela o meu desejo
Vivo triste, sofredor, pois ela não me quer
Morreria de prazer, se pudesse ao menos dar-lhe um beijo
Mesmo assim, vivo amando esta mulher

Ao atender os anseios da minha libido senti uma dor no peito
A tristeza adentrou minha alma, pensava eu na amada
Fiquei chateado, começou deste jeito
Ao encontrar a mulher querida minha alma ficou magoada

Agora, estou perdendo a visão de verdade
Paro para refletir e vejo que por você sou cego de paixão
Diante deste momento, inseguro e triste descubro a realidade
 Vejo que você sempre me desprezou, você maltrata sempre meu coração 

O teu desprezo não é velado, é explícito não manda recado
É para deletar meus algoritmos, matar meus sentimentos
E eu como um tolo, louco de amor, fico apaixonado
O que tenho em troca é cada vez mais sofrimento

Wilton Carneiro, 23 de julho de 2020.

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