45 POEMAS AO ACASO.
HISTÓRIA TRISTE DA 1ª
OBRA
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Uma vez, só uma, contratei um pedreiro
Todo metido, se dizia mestre de obras
Começou a trabalhar e fez o maior merdeiro
Eu sem entender, infeliz, acreditava em suas prosas
O tempo foi passando e a incerteza crescia
Às vezes questionava e vinha uma desculpa
Achava que não estava certo e ele mentia
Se dava errado, o ajudante tinha culpa
Deu a obra por terminada, terminada?
Sim, está tudo perfeito, bem acabado
O tempo passou e vi que foi uma furada
O mestre de obras, veio provar que é um safado
Com a laje só deixou furo, aliás rombo
Não conferiu, me prejudicou e levou um dinheirão
No banheiro é óbvio só fez merda, um espanto
O nome vocês sabem? Viadão, safadão, termina com ão
Uma obra é sempre importante, a minha não foi
O nível da sala não bate, está errado
Não sou pedreiro, mas não sou burro, nem sou boi
Este corno ainda quer curtir, mais na praça já está cagado
Tinha duas goteiras que incomodavam
Depois da obra pronta, fiquei com doze, me fudi
E lembro da música que diz:
“Minha casa tem goteira, pinga ni mim”
EU NÃO SABIA QUE ERA ASSIM
E VOU TER GOTEIRA ATÉ O FIM
NUNCA VÍ PEDREIRO TÃO CORNO E RUIM
No banheiro foi foda, aparentemente bonito
A caixa do vaso sanitário foi sacaneada, muito defeito
Ao entrar ficas alegre, mas tomar banho é esquisito
O joelho do chuveiro é torto, é, faltou com respeito
Em Dezembro, festeja-se o dia do pedreiro
O dia do bom profissional, é claro
Este merda que trabalhou para mim, é mustrequeiro
Só tem direito a festa, quando tiver o dia do SAFADO
Wilton-01:10H-13/12/2016.
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