Me entreguei!

 

Olhei, me apaixonei, me entreguei a esta mulher

Como disse Mário Lago, supu-la um querubim, não era assim

Agora vivo a sofrer a qualquer hora, onde estiver

Não era anjo, e me levou a um sofrimento sem fim

 

Antes da felicidade, quase sempre encontramos a dor

A ilusão, desilusão, decepção, tristeza chegam antes da felicidade

Sempre a procurei, para tirar da vida o amargor

Me foi negado, mesmo assim, procurarei pela eternidade

 

As minhas noites são tristonhas, pura solidão

Como gotas de orvalho, as lágrimas me rolam pela face

São resultantes da dor constante em meu coração

Tenho a esperança de não chorar mais, que a dor passe

 

Wilton Carneiro, 01 de novembro de 2021