Sinto dentro do peito
meu coração apertado,
Agonia de ver o tempo
passar,
Uma dor alucinante,
inexplicável, sinto saudades dos meus avós
Dos meus pais, meus
tios, meus primos, sobrinhos e, também, de todas
As pessoas queridas
que caminharam a meu lado, em meu viver, peço a
Deus forças para
completar minha caminhada, sempre pensando
E sem esquecer de
ninguém! Todos têm o meu amor!
A minha família está acabando, me sinto só
Está chegando uma nova geração, sem contato, quase estranhos
É a vida, ciclo imutável, voltaremos ao pó
Peço ao criador que pelo menos saibam de meu amor tamanho
Elvira e Arthur, Leonor e Felipe meus avós, Myrthes e Wilton, meus pais
Gostaria que estivessem aqui para agradecê-los
Por tudo que por mim fizeram, sensacionais
Mas o destino, a vida, me fez perdê-los
Nesta altura da vida não há perspectiva, verdadeira só a saudade
De Arthur, Valdiminar, Hime, Francisco, Armando, Manoel, Ferdinando,
Moacir
A vida que me dá esperança, faz parte dela a maldade
As vezes em minha solidão, lembranças, me pego chorando
E os lamentos continuam a sangrar minha felicidade
Edir, Zuleika, Bilia, Nilza, Juramy, Jacy, Altina, Duquinha, Esther e Sarita.
Mas levarei a imagem destes amores pela minha eternidade
Entretanto a ausência das queridas tias deixa minh’alma aflita
Wilton Carneiro,
Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2021