quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

18 POEMAS AO ACASO

 18 POEMAS AO ACASO.


Sempre tive minha atenção focada em cadáveres, cemitério

A curiosidade me excita, penso nas etapas da decomposição

Como acontece este fenômeno, a morte, este mistério?

Existem, já li, estudos que descrevem esta situação


Eu estava sempre no IML, era estudante, era sensacional

A cada sábado era uma emoção diferente, muito aprendi

Eu em meio a tantos corpos, morte natural e também acidental

O sábado passou a ser o dia mais importante, melhor fase que vivi


O ambiente era tipo casa dos horrores, mais eu gostava

Vi de tudo, até o mais raro, morte por ácido muriático. Aquilo era lindo

Dava-me prazer aquele mundo novo, pelo sábado ansioso esperava

Penso nas horas que ali passei, os cadáveres pareciam estar sorrindo


Em meio a tantos cadáveres, sempre ligado no meu professor

Que nos ensinava com primazia, tudo o que havia acontecido

Este professor, Roberto Blanco é Mestre, pois em tudo é doutor

E pude ver de perto, hipófises, pâncreas, e fígados mal, enrijecidos


Wilton-16:14h-27/03/2016.


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