domingo, 25 de novembro de 2018

Homenagem as aulas do professor Roberto Blanco dos Santos


Poemas de amor extraídos da medicina legal


Gostaria que você fosse ao ginecologista e ele encontrasse
Dentro do seu canal vaginal a minha fosfatase acida prostática
Seria o ápice, pois provaria o nosso enlace
Ficaria feliz? Cheia de mim, a sua vagina fantástica

Aborto, quer dizer tirar o direito, direito a vida
Morte do concepto a qualquer tempo da gravidez
E você dolorosamente está praticando isto minha querida
Tentando matar o meu amor, mas te amo mais a cada mês

Vai chegar a hora, vou morrer
A causa mortis, será de tanto amar
Por favor, façam o que diz o art 162 do CPP
Esperem, calma, não vão me matar

Você adormeceu, nua , e pude apreciar teu corpo
Admirei sem cansar, os lábios de tua vagina
O vestíbulo, o períneo, pregas radiais anais, de prazer fico morto
Foi a imagem mais linda , fiquei tão feliz, não imaginas

Sonhei com a amada, sonho real
Coloquei meu indicativo no seu vestíbulo
Próximo ao fragmento do hímem, foi legal
A flor amada me enlouquece é o meu estímulo

No erotismo dos meu sonhos, quero tê-la num ato libidinoso
Contra cumplicidade, diverso da conjunção carnal
Com amor e carinho, te darei um prazer gostoso
Viveremos a loucura de um amor sensacional

Por este corpo adorado, o cheiro do nosso amor
Nos seus lábios, os fragmentos do meu PSA
Seriamos uno, nossos corpos, nossos líquidos, nosso odor
Sim, também para nós a certeza que sempre vou te amar

Vi meu amor desfalecer em meus braços
Notei que não respirava, toquei-lhe a virilha
Sem pulso, apertei-a junto a mim, muitos abraços
Morta, em sonhos, mesmo assim é pura maravilha

Coloquei-a em decúbito dorsal
Triste fiquei admirando esta mulher que amo
Corpo inerte, comecei a ver sinais da morte natural
Em lágrimas, pelo teu nome chamo

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