sexta-feira, 22 de abril de 2016

18 POEMAS AO ACASO.

Sempre tive minha atenção focada em cadáveres, cemitério
A curiosidade me excita, penso nas etapas da decomposição
Como acontece este fenômeno, a morte, este mistério?
Existem, já li, estudos que descrevem esta situação

Eu estava sempre no IML, era estudante, era sensacional
A cada sábado era uma emoção diferente, muito aprendi
Eu em meio a tantos corpos, morte natural e também acidental
O sábado passou a ser o dia mais importante, melhor fase que vivi

O ambiente era tipo casa dos horrores, mais eu gostava
Vi de tudo, até o mais raro, morte por ácido muriático. Aquilo era lindo
Dava-me prazer aquele mundo novo, pelo sábado ansioso esperava
Penso nas horas que ali passei, os cadáveres pareciam estar sorrindo

Em meio a tantos cadáveres, sempre ligado no meu professor
Que nos ensinava com primazia, tudo o que havia acontecido
Este professor, Roberto Blanco é Mestre, pois em tudo é doutor
E pude ver de perto, hipófises, pâncreas, e fígados mal, enrigecidos
Wilton-16:14h-27/03/2016.








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